Coluna de Fogo

O curioso é que o fim de semana foi maravilhoso, participei do evangelismo da JBC em Quintino, após, celebramos a Deus no culto da posse do meu Pastor, e terminei a noite com grandes amigos na Taquara, ótimo sábado, e excelente início de domingo, EDB muito boa, culto muito edificante, enfim, motivo algum para ansiedade.

Mas quem disse que precisamos de motivos para sermos assolados por nossos medos, conflitos e angústias? E tão rápido quanto um raio cai do céu, minha tranquilidade, serenidade, e alegria são destruídas e no lugar restam apenas os monturos de minhas frustrações, anseios, e decepções e a certeza precípua de que eles continuarão se repetindo, e repetindo e repetindo...

E, aproveitando que estava diante do pc, eu busquei no dicionário a definição de ansiedade e encontrei as seguintes: “comoção aflitiva do espírito que receia que uma coisa suceda ou não, e sofrimento de quem espera o que virá, quer seja certo ou não.” O mais interessante é que estas definições em muito se assemelham a definição de fé descrita em Hebreus 11, a saber: “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos”(NVI)

E aí me questionei: se a definição de fé e de ansiedade são muito parecidas, o que as torna tão antagônicas?! Questão de simples resolução, a fé é dom de Deus conforme nos ensina Efésios, e a ansiedade é característica do homem. Acho que a ansiedade é o reflexo de nossa luta eterna por uma “independência” de Deus, ao invés de nos submetermos a sua vontade e aprendermos a fazer as coisas de acordo com a vontade dEle, simplesmente preferimos conduzir nossas vidas ao nosso bel prazer, até o momento em que nos deparamos com algo que não podemos controlar, ou diante da imprevisibilidade do nosso futuro, simplesmente ficamos desesperados.

A maneira do homem se relacionar com o que ele não pode controlar e prever é com a ansiedade, que normalmente faz com que fiquemos prostrados ante a este sentimento, uma vez que o mesmo domina nosso coração e a nossa mente não consegue parar de pensar no motivo da ansiedade.

Então, como também estava diante da Bíblia, eu a abri, e eis que lá na carta do Apóstolo Paulo aos Filipenses, no capítulo 4, versículos 6 e 7, o Senhor nos diz: “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo pela oração e súplicas e com ação de graças apresentem seus pedidos a Deus, e a Paz de Deus que excede todo entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.”

E aí pude perceber que a maneira que Deus nos ensina de lidar com a mesma coisa é, se prostrando diante dEle e pela fé, lançar sobre Ele nossa ansiedade, afinal, Ele tem cuidado de nós. Deus sabe das minhas ansiedades e dos meus desejos, medos, enfim, Ele conhece tudo da minha vida, porque eu tenho colocado todas estas coisas diante dEle. E tenho aprendido, como mostra o texto, que o que guarda o meu coração e a minha mente da ansiedade, é apenas o fato de crer, e confiar a Ele as minhas suplicas e orações, e não o fato dEle as atender.

O que me assegura e me conforta é que atendendo ou não as minhas orações, o meu PAI está sempre presente para ouvi-las. O que tira a nossa ansiedade não é a resposta de Deus, e sim o Deus que nos dá a resposta.

Acabei a coluna, e vou revisar a mensagem de hoje a noite, tendo a plena certeza de que será uma benção, e quanto a ansiedade, ela até passou aqui hoje, mas nem ficou muito tempo, meu PAI a mandou embora, Ele não tolera visitantes que tirem a Paz que Ele nos dá. 

Tiremos, pois a tampa da ansiedade e vivamos como justos, pela fé.

Que Deus lhe guarde com sua imensa misericórdia, em Cristo Jesus. Amém.

Sem. André Oliveira