Coluna de Fogo

... e de noite numa coluna de fogo para os iluminar...

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A Chave da Cidade

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Há tempos que uma expectativa pairava sobre o Rio de Janeiro. O Prefeito Marcello Crivella entregaria ou não “a chave da cidade” ao rei Momo? A dúvida girava em torno do antagonismo entre a convicção religiosa e a tradição.
Quando esta questão surgiu entre amigos num grupo fechado de rede social, minha resposta foi aberta (porque, evidentemente, não sou adivinho): ‘Ou ele entrega a chave sobre o argumento de dar a César o que é de César; ou não entrega e faz história.
A verdade é que ele não apareceu para entregar o símbolo e o que me chama a atenção é o aproveitamento da mídia para condená-lo. O Carnaval é sim, a maior festa do planeta, mas ninguém é obrigado (nem mesmo o chefe do executivo) a gostar. Com ou sem prefeito esta festa vai ser a mesma coisa de sempre: um país em crises diversas pulando e festejando como se nada estivesse acontecendo. E a mídia e os “barões” do carnaval criticando a ausência de uma só pessoa, como se alguma falta fizesse p
ara todo o estrago a ser alcançado neste período.

(Para saber minha opinião sobre o Carnaval, segue o link O maior espetáculo da terra.)


Não se sabe ainda a real motivação do prefeito em faltar a abertura da festividade. A mídia o chamava de ‘anfitrião’ (será?) e, sem saber a razão da ausência, o condenavam por um suposto comportamento errático (será?).
Claro que é ‘errado’… o Brasil pode estar um desastre, o Rio um caos, mas o ‘circo’ tem que estar impecável! O prefeito não pode faltar à cachaça e ao bumbum de fora ao som de tamboris, porque isso é errático! Certo era o Paes, que
não faltava à folia, malandro, com chapeuzinho e tudo.É impressionante a preocupação com uma chave, um artefato simbólico, que no fundo não abre nada. Mas o carnaval, propriamente dito, esse sim é uma baita chave, ou porta. É por ele que entram turistas sedentos por sexo fácil (com as mulheres da nossa terra); é também pelo carnaval que entram drogas, violência, homens mascarados, e muitas outras desgraças.
Muita especulação surgiu acerca do tema [Falta do anfitrião à abertura da festa]. O prefeito poderia estar em qualquer lugar, fazendo qualquer coisa. Mas, sinceramente, entre estar na Sapucaí e em qualquer outro lugar, a segunda opção é bem interessante, seja ela qual for.
Não sou nenhum fã de Crivella, muito menos da mídia tendenciosa “formadora de opiniões” e, para ser o mais imparcial possível, concluo tecendo cometários também sobre a atitude do prefeito: gostaria que ele, ousadamente, tivesse sido mais direto em sua resposta. Alegou (creio que verdadeiro) que passou o carnaval trabalhando, mas não tenho dúvidas de que o seu afastamento teve um cunho “religioso”. Porém, a sociedade não está preparada para este tipo de argumento (“o Estado é laico”?). Com certeza a grande mídia já tinha previamente pronta as manchetes, caso Crivella revelasse suas razões “espirituais”.
No fim das contas, não sabemos o que seria pior para sua imagem: contar uma meia verdade, como o foi, ou assumir de vez seu posicionamento ministerial. Independente de qualquer coisa, em se tratando de Carnaval, fico com o prefeito. Quem não gosta de corrupção, não participa da corrupção… vai fazer outras coisas...


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Glauco Machado

 

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Centelha Diária

Deuteronômio 29:2-4

"Chamou, pois, Moisés a todo o Israel, e disse-lhes: Vistes tudo quanto o Senhor fez perante vossos olhos, na terra do Egito, a Faraó, a todos os seus servos e a toda a sua terra; as grandes provas que os teus olhos viram, os sinais e aquelas grandes maravilhas. Mas até hoje o Senhor não vos tem dado um coração para entender, nem olhos para ver, nem ouvidos para ouvir."

Quantas vezes na vida dizemos "Graças a Deus"? Muitas. Agora, quantas vezes nos recordamos destes "Graças a Deus"? Quase nunca. O povo de Israel precisava constantemente ser lembrado de tudo o que Deus fizera no passado. Não somos diferentes. Esquecemos com facilidade daquilo que um dia agradecemos a Deus porque talvez não tenhamos ainda um coração perceptivo para entender o que realmente estava acontecendo por trás daqueles milagres. Boa parte dos nossos "Graças a Deus" foram momentâneos, esquecediços e da boca para fora, sem que tivéssemos a mínima noção do que Deus efetivamente estava fazendo por nós, para que chegássemos até aqui.

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