
Não sei como agradecer tantas manifestações de carinho. Deus retribua a cada um conforme o bem que cada um de vocês nos têm feito.
Álef nasceu, em meio à crise financeira, corrupção, prisão de ex-governadores... Impeachment de presidente... Enfrentou os riscos de chikungunya, microcefalia... foi gerado num período de casos expoentes de meningite... O pai, eu, por vezes, ausente, preparando trabalhos e monografia, sem salário, com salário parcelado, com salário atrasado e parte do salário arrancada... Foi um ano de medo e caos no mundo... Guerras civis, atentados terroristas... crimes e grande violência na cidade...
Álef veio, quando o amor está se esfriando, pra nos mostrar que ainda há tempo de amar, ainda há tempo de mudar... Meu filho me dá esperança e renova as minhas forças pra transformar o mundo em algo melhor, pelo menos pra ele, e pra quem estiver perto e ser amado por arrasto. Álef me ensina a não perder a fé, porque quando tudo parece perdido, quando as trevas dominam, a inocência de uma criança me mostra tudo aquilo que eu não podia ver. A pureza de um bebê me faz enxergar os céus, me faz ver a mão de Deus, guiando a minha vida e controlando tudo... Destruindo cada seta que podia me derrubar.
Diante de tudo isso e de tudo o que não lembro, só posso crer: "até aqui nos ajudou o Senhor".